Cidadania portuguesa ou espanhola ou italiana descubra qual vai te dar mais do que fila rápida no aeroporto (e menos dor de cabeça na papelada)

Cidadania portuguesa ou espanhola ou italiana: descubra qual vai te dar menos dor de cabeça na papelada

Cidadania italiana, portuguesa ou espanhola: qual escolher?

Três passaportes e um destino (fugir do perrengue)

Você já percebeu que todo brasileiro tem um amigo com sobrenome italiano, um tio que jura que o bisavô era português ou uma avó que insiste que a família veio da Espanha? Pois é: a Europa tá mais no DNA brasileiro do que pão de queijo em mesa de café.

Mas quando chega a hora de escolher: cidadania italiana, portuguesa ou espanhola? A dúvida é real. Não dá pra pedir as três de uma vez (embora muita gente tente), então bora analisar vantagens, burocracias e ciladas de cada uma.


O problema: a ilusão do “é tudo igual”

Muita gente acha que “ser europeu é tudo igual” e que basta ter o passaporte azulzinho da União Europeia pra vida virar um filme do Woody Allen em Paris.
Só que não é bem assim. A origem da cidadania define:

  • Quanto tempo e dinheiro você vai gastar no processo.

  • Quais países são mais receptivos (ou mais chatos).

  • E até mesmo o tempo que você vai demorar pra transmitir aos filhos.

Em resumo: não, não é tudo igual.


A solução: comparar como se fosse reality show

Pra facilitar sua vida, a gente vai colocar Itália, Portugal e Espanha numa espécie de Big Brother das Cidadanias. Quem leva menos tempo, quem dá mais benefícios, quem enrola mais na burocracia.


Cidadania Italiana: a queridinha (e a mais enrolada)

Vantagens

  • Reconhecimento sem limite de gerações: se você provar, pode ser até do tempo do Império Romano.

  • Direito de viver e trabalhar em qualquer país da União Europeia.

  • Forte comunidade italiana no Brasil — o que facilita documentação.

Desvantagens

  • Filas infinitas nos consulados no Brasil. Tem gente esperando 10 anos.

  • Reconhecimento direto na Itália é mais rápido, mas exige morar lá temporariamente.

  • Custos altos se você não fizer nada sozinho.

👉 Leia também: “Como morar legalmente na Europa sendo brasileiro”.


Cidadania Portuguesa: a mais acessível (quase fast-food)

Vantagens

  • Processos mais rápidos e desburocratizados que os italianos.

  • Várias categorias de acesso: netos, cônjuges, filhos.

  • Brasil e Portugal têm acordos que facilitam a vida (direitos quase iguais).

  • Excelente porta de entrada para quem quer viver na Europa, especialmente em Portugal.

Desvantagens

  • Reconhecimento limitado a certas gerações (não é infinito como na Itália).

  • Comunidade brasileira gigantesca em Portugal — vantagem ou desvantagem? Depende se você curte encontrar vizinho do bairro em Lisboa.

👉 Leia também: “Como transformar sua cidadania europeia em passaporte para viver de arte”.


Cidadania Espanhola: a “complicada mas charmosa”

Vantagens

  • Lei da Memória Democrática abriu portas para descendentes de espanhóis exilados.

  • Transmissão para filhos pode ser mais ágil em certas situações.

  • Espanha é uma base forte pra estudar, trabalhar e circular pela Europa.

Desvantagens

  • Processos variam conforme as mudanças políticas (a lei muda mais que novela mexicana).

  • Menos flexível que Portugal ou Itália para descendentes distantes.

  • Burocracia consular pode ser pesada.

👉 Leia também: “Custo de vida para artistas em cidades europeias”.


Comparativo rápido: quem ganha em cada categoria

  • Mais rápido: Portugal.

  • Mais flexível em gerações: Itália.

  • Mais sujeito a mudanças políticas: Espanha.

  • Mais barato: geralmente Portugal.

  • Mais popular entre brasileiros: Itália (sobrenome termina em “-i”? Já tá na fila).


Polêmica: escolher pela emoção ou pela lógica?

Tem gente que decide pelo coração: “meu avô comia spaghetti todo domingo, logo sou italiano”. Tem quem escolha pela lógica: “Portugal aprova em 2 anos, vou nessa”.
A verdade é que não existe resposta única. Depende da sua árvore genealógica, do seu bolso e dos seus planos de vida.


Onde cada cidadania brilha mais

  • Itália: ideal se você tem paciência e quer acesso a toda a Europa sem restrição.

  • Portugal: perfeita se você quer morar logo, sem burocracia quilométrica.

  • Espanha: interessante se você tem laços recentes e não se importa com leis que mudam.

👉 Leia também: “Guia prático de nomadismo digital para artistas”.


Checklist para decidir sua cidadania

  1. Investigue sua árvore genealógica: bisavós, avós, pais.

  2. Pesquise prazos atuais: consulado ou direto no país.

  3. Compare custos de advogado/assessoria.

  4. Defina objetivo: morar, estudar, trabalhar ou só ter fila VIP.

  5. Avalie prazos: quer rapidez ou pode esperar 10 anos?


Passaporte é mais que carimbo, é estratégia

A escolha entre cidadania italiana, portuguesa ou espanhola não é só questão de orgulho familiar. É estratégia de vida.
Seu passaporte europeu pode ser a chave para trabalhar fora, viver de arte, estudar em grandes centros ou simplesmente não ser deportado. A pergunta é: você vai escolher pela emoção da lasanha, pela praticidade do pastel de nata ou pela intensidade das tapas espanholas?