motivos para viciar em festivais

5 motivos para você viciar em Festivais musicais

Você já parou para pensar quais são as melhores coisas sobre um Festival de música? Se você está aqui é porque tem interesse nesse assunto e sabe que toda experiência vale além de um lineup de respeito.

Os Festivais musicais se consolidaram no Brasil num período mais recente, a partir dos anos 2000, anos depois daquela primeira edição lendária do Rock in Rio. Para tentar explicar um pouco de toda essa mística em relação a festivais, convidamos o Tullio Dias, editor dos sites Música Viajante e Cinema de Buteco, para falar sobre o que ele mais gosta nessa experiência viciante:

1) Descobertas de novos artistas

Uma das coisas mais fodas de viajar para um festival de música é a oportunidade de conhecer muita música diferente e artistas que dificilmente eu teria oportunidade de ouvir. Essa é uma oportunidade perfeita de artistas mostrarem os seus trabalhos para um número maior de pessoas e ganhar novos fãs. Além disso, é um momento único para bandas testarem material inédito e avaliar a reação do público.

Costumo dizer que prefiro deixar para conhecer o trabalho de uma banda ao vivo. Nada melhor que a energia de um festival para transformar esse momento. Foi assim que me apaixonei, por exemplo, pelo Móveis Coloniais de Acaju.

2) Sensação de ser parte de algo especial

A química que acontece entre o que acontece no palco e na pista é arrepiante. Como parte do público, sou apenas mais um cara que está ali viajando na música e curtindo cada momento. Mas ao meu lado existem milhares de outras pessoas que também estão ali sentindo exatamente a mesma coisa. Isso faz a gente se conectar, de certa forma. Nem Tequila tem o mesmo efeito, cara.

O cara que está ali no palco fazendo seus solos ou dando seus slaps no baixo compartilha sua própria vida com o público. A gente acaba fazendo parte daquilo e vira uma loucura com todo mundo cantando, chorando, dançando, se pegando, whatever. Como não amar?

3) Tribos

Acredite se quiser, mas depois de Harry Potter, Festivais de Música aparecem como a segunda maior fonte de amigos que fiz na vida. Nem na escola conheci tanta gente interessante – mas tudo bem, pois eu era o moleque esquisito que não pegava ninguém e era o saco de pancadas/piadas favorito do pessoal. Nesses eventos conheci pessoas especiais porque a música produz essa conexão bizarra entre as pessoas. Tem uma vibe muito forte quando você sente um amor incondicional por algo e aí conhece um pessoal mais louco que você.

Pena que a maioria dessas pessoas mora em outra cidade. A vida seria melhor se eu pudesse ter meus amigos de shows como vizinhos.

4) Carpe diem

Como diz o sábio Ferris Bueller em Curtindo a Vida Adoidado: “a vida passa rápido demais; e se você não parar de vez em quando para vivê-la, acaba perdendo seu tempo…

Isso é a mais pura realidade e a principal dica de vida que aprendi com o cinema. Uso os festivais de música como uma válvula de escape para descansar de toda a loucura do chamado “mundo real”. A gente precisa se permitir aproveitar certos prazeres, desligar do trabalho, reencontrar os amigos, beber um pouco, rir, cantar bem alto cada verso da sua música favorita (bem desafinado, provavelmente) e poder fechar os olhos para deixar apenas seu ouvido funcionando enquanto seu corpo balança.

Essa sensação de liberdade e de realmente curtir o momento sem pensar em mais nada é a minha coisa favorita de um Festival. Nem bandas mequetrefes no lineup de um evento com preço salgado consegue quebrar o momento.

5) Viajar e conhecer lugares diferentes

Morar em Belo Horizonte e ser fã de festivais de música significa ter a consciência de que a qualquer momento anunciarão um show da sua banda favorita em São Paulo ou Rio de Janeiro. É a realidade. Por mais que a cidade tenha passado a receber mais atrações, BH não é SP. Ou seja, desde 2004 aprendi que preciso viajar e conhecer lugares diferentes para assistir shows das minhas bandas favoritas.

Conheci o Rio de Janeiro por causa do Offspring (2004), São Paulo por causa do The Killers (2007), Brasília por causa do Muse (2008), Porto Alegre pelo Foo Fighters (2015), e assim por diante. A tendência é começar a aloprar e ir pro Chile, Argentina, Bélgica, ou onde mais tiver música boa chamando.

Música Viajante surgiu exatamente por conta disso, sabe? Conheci a Gabri, que já viajou para mais de 30 países e também divide esse tesão com música. Conversa vai, conversa vem, acabamos percebendo que existem muitas pessoas com esses mesmos interesses e decidimos criar o projeto juntos para ajudar e informar quem se identificou com cada uma das coisas que escrevi aqui. Se esse for o seu caso, espero que a gente consiga te ajudar com nossos roteiros, dicas e experiências.