Limp Bizkit cancelado na Estônia

Fred Durst: Banido Por AMAR Putin.

Nu Metal, Amizades Russas e O Cancelamento que Ninguém Pediu (Mas Mereceu?)

Fred Durst, o inconfundível vocalista do Limp Bizkit, descobriu da pior maneira que nem todo hit é uma música. Às vezes, é uma declaração política infeliz feita dez anos atrás.

O show da banda em Tallinn, Estônia, que estava marcado para o longínquo 31 de maio de 2026 (sim, eles marcam shows com a antecedência de uma encarnação), foi cancelado. O motivo? As velhas e controversas declarações de Durst de que Vladimir Putin era um “ótimo cara com princípios morais claros” e o infame episódio onde ele segurou uma faixa “Crimeia = Rússia” em 2015.

A Estônia, que faz fronteira com a Rússia e tem a política externa mais tensa que pneu de Fórmula 1, simplesmente disse: “Não, obrigado”.

E cá estamos nós, discutindo se um cara que fez sucesso com a música “Break Stuff” deveria ter a sabedoria geopolítica de um embaixador da ONU. A resposta? Claro que não! Mas o mundo evoluiu, e o cancelamento agora também veste calças largas e boné vermelho. O Limp Bizkit sempre foi divisivo, mas hoje, a divisão é sobre fronteiras, não sobre qual é o melhor álbum de nu metal (é o Chocolate Starfish, e quem discordar está errado).


O Que A Estônia Disse?

O Ministério das Relações Exteriores da Estônia entrou na briga com a elegância de um mosh pit em câmera lenta. O Ministro Margus Tsahkna não aliviou, dizendo: “A Rússia é a agressora, e a Crimeia está ocupada pela Rússia. Aqueles que justificam a agressão da Rússia (…) não são bem-vindos na Estônia. Não têm lugar nos palcos estonianos e não devem estar a ganhar rendimentos aqui.

Em outras palavras: vá ganhar seus rublos em outro lugar, Fred.

É impressionante como a Estônia tem mais atitude para banir um vocalista de nu metal do que muitos países têm para definir o preço da gasolina. Alô, promotores de eventos: entendam que o boné de Fred Durst não é um capacete diplomático!


A Defesa Fraca do Empresário

Gunnar Viese, da agência de promoção do show (Baltic Live Agency), tentou justificar o injustificável com a desculpa mais batida de 2019: o amor.

Ele argumentou que, na época (até 2019), Durst era casado com a maquiadora russa Kseniya Beryazina, nascida na Crimeia, e “evidentemente vivia numa bolha de informação distorcida”.

Ah, claro. A ‘bolha de informação distorcida’ da Crimeia russa fez ele chamar Putin de “ótimo cara”. Parece que o casamento forçou Durst a ouvir mais o noticiário russo do que as demos do Wes Borland. É o tipo de desculpa que faria um fã de 2000 dizer “É a vida, cara. Pague a porra do ingresso.

A verdade é que as declarações dele lhe renderam até um banimento de cinco anos para entrar na Ucrânia em 2015. Parece que a Estônia está apenas seguindo a cartilha de “não convidamos quem aplaude o inimigo”. Ponto para a coerência, ponto zero para a turnê.


Isto É Um Novo Normal? 

O cancelamento do Limp Bizkit não é um caso isolado, o que sugere uma tendência preocupante para os artistas que insistem em ter opiniões complexas (ou, sejamos francos, ruins) sobre geopolítica.

Recentemente, o show do Disturbed em Bruxelas, Bélgica, também foi cancelado porque o vocalista, David Draiman, é abertamente pró-Israel. O prefeito temeu que as declarações de Draiman criassem protestos violentos na rua.

A mensagem é clara: o palco não é mais um refúgio para rockstars desbocados.

Artistas devem ser artistas e políticos, políticos. Sim, o cancelamento é chato, mas é o preço que se paga por dar a cara a tapa no mundo hiperpolarizado de hoje. Ou você acha que os músicos têm o direito de falar o que quiserem e esperar que o público compre o ingresso sem questionar? O rock deveria ser sobre rebeldia, mas a rebeldia agora vem com consequências no calendário de turnês. O Disturbed foi banido por ser pró-Israel, o Limp Bizkit por ser pró-Putin. A única coisa que os une é a dor de cabeça do promotor de eventos.


E Agora, Fred? 

Enquanto o drama político se desenrola na Europa, o Limp Bizkit, que recentemente perdeu seu baixista Sam Rivers, segue firme na turnê pela América Latina.

A América Latina, pelo visto, está mais preocupada em saber se ainda pode fazer a dança de “Rollin'” sem sentir dor na coluna do que com as opiniões de Durst sobre a política russa.

Resta saber se a banda vai aprender a lição: as tatuagens na Europa Oriental são permanentes, mas as reservas de hotel, não. E o bom e velho nu metal, se quiser sobreviver, precisa focar menos em anexações e mais em riffs pesados.


A banda tem que se desculpar formalmente ou o show deve seguir em frente? Deixe sua opinião nos comentários e me diga qual é o verdadeiro break stuff desta história!