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Mick Jagger revela origem de seus passinhos icônicos: “Eu só obedecia ao groove, mano”

Você pode até não saber cantar uma música inteira dos Rolling Stones, mas é impossível ver um sujeito sacudindo os braços como um boneco inflável de posto e não lembrar de Mick Jagger. O vocalista que parece ter nascido com molas nos tornozelos é mais do que um ícone do rock — é também um dos maiores dançarinos não treinados que a música já produziu. E, acredite, tudo isso foi completamente sem querer.

Em entrevista recente ao Howard Stern Show, o eterno frontman explicou que seus movimentos hipnóticos e ligeiramente desconcertantes nunca foram planejados.

“Não foi uma decisão tipo ‘agora vou dançar’”, contou Jagger. “Era impossível ouvir aquela música e não me mexer. Mesmo nos espaços minúsculos dos primeiros shows, dançar era a coisa mais natural a se fazer.”

Entre a possessão rítmica e o caos coordenado

Segundo Jagger, o palco era uma espécie de território sagrado onde ele era possuído pelo groove — e não havia exorcismo que o impedisse de se contorcer como um boneco de Olinda sob efeito de cafeína.

As influências? Um verdadeiro hall da fama do movimento corporal:

  • James Brown (o pai do “não sei o que acabei de ver, mas amei”)

  • Chuck Berry (com seu lendário “duck walk”)

  • Little Richard (explosão e brilho em forma de gente)

  • E Jerry Lee Lewis, o homem que basicamente atacava o piano como se fosse uma luta livre musical.

“Eu assistia todos esses clipes do James Brown, ia ver os shows… Eles tinham movimentos incríveis”, disse Jagger, segundo matéria publicada pela American Songwriter em 10 de maio de 2025, assinada por Peter Burditt.

“Ser vocalista é também ser dançarino” — Jagger, provavelmente sambando enquanto falava isso

Mick ainda destacou que liderar uma banda vai muito além de alcançar agudos impossíveis ou mandar aquele “obrigado, São Paulo!” no fim do show.

“É isso que significa ser um vocalista. Você é o maestro da energia do lugar”, explicou.

E ele está certo. Porque ninguém jamais saiu de um show dos Stones dizendo:
“Curti o som, mas senti falta de um power point.”

Jagger preenche tudo: o palco, o espaço aéreo, a imaginação coletiva. Mesmo quando só está marchando de um lado pro outro como se tivesse pisado numa chapa quente.

Conclusão: Mick Jagger dançou porque não tinha escolha

Se você achava que aquele rebolado entre o pavoroso e o sublime era coreografia, pense de novo.
Mick Jagger dançava porque o corpo dele se recusava a ficar parado. Era quase uma entidade. Uma entidade com calça justa e zero vergonha de parecer esquisita.

E sejamos sinceros: ainda bem que ele se deixou levar.
Porque no fim das contas, a lição é simples:
Se a música te move, mexa-se. Mesmo que pareça que você está tentando espantar um enxame invisível de abelhas.