trent reznor atticus ross

Trent Reznor e Atticus Ross criam festival de trilhas sonoras e prometem abalar as estruturas (emocionais) de Los Angeles

Se você é do tipo que escuta a trilha de The Leftovers só pra sofrer por esporte, segura essa: Trent Reznor e Atticus Ross, os gênios sombrios por trás do Nine Inch Nails e de metade das trilhas que já te deixaram arrepiado no cinema, acabam de anunciar o Future Ruinsum festival inteiramente dedicado a trilhas sonoras. Repito: um festival de música para gente que chora ouvindo temas instrumentais. (via Rolling Stone Brasil)

O evento acontece dia 8 de novembro no Equestrian Center, em Los Angeles, e já nasce como o Lollapalooza dos compositores que você sempre quis aplaudir, mas nunca teve chance fora dos créditos finais.


Line-up? Só lenda viva e trilheiro de elite

Esqueça headliners. Aqui não tem ego inflado nem disputa por horário nobre. Como Reznor cravou com orgulho:

“Não há hierarquia. Este é um line-up de visionários fazendo algo que talvez nunca se repita.”

Entre os nomes confirmados:

  • John Carpenter, o cara que te deixou com medo do escuro desde Halloween

  • Danny Elfman, que basicamente compôs a infância gótica de todo mundo com Batman

  • Mark Mothersbaugh, do DEVO, trilheiro dos filmes mais Wes Anderson possíveis

  • Kyle Dixon & Michael Stein, os magos por trás de Stranger Things

  • Hildur Guðnadóttir, que fez Joker parecer ainda mais insano do que já era

  • Questlove, homenageando o imortal Curtis Mayfield

  • E uma performance ao vivo da trilha de Crash, de David Cronenberg, por Howard Shore, porque o Future Ruins não veio pra brincar

Ao todo, serão três palcos simultâneos, cada um recebendo versões reimaginadas das trilhas mais icônicas da cultura pop. É como se cada soundtrack que te fez chorar no cinema fosse virar um show. Ou um ataque emocional ao vivo. Ou ambos.


Trilha sonora é arte — e agora também é festival

O conceito do festival surgiu no ano passado, numa entrevista de Reznor e Ross à GQ, mas foi só agora, com teasers e pôsteres surgindo misteriosamente em L.A., que o Future Ruins virou realidade. A ideia?

“Dar a quem domina a arte de emocionar plateias com música a chance de contar novas histórias ao vivo.”

Se isso não é puro ouro para quem vibra com um bom crescendo, eu não sei o que é.


Conclusão: você vai sair suando pelos olhos

Entre cordas dissonantes, sintetizadores atmosféricos e pianos que doem mais que final de temporada, o Future Ruins promete ser o Glastonbury dos arranjadores emocionais. É a hora e a vez dos compositores tomarem o palco principal e mostrarem que, sim, trilha sonora também se canta — nem que seja só por dentro.